Em viagem pela região deparei-me nos últimos dias com dois espetáculos surpreendentes: favas no Telheiro e petróleo na Bajouca!
Se relativamente às favas (vicia faba) podemos dizer com conforto “é tempo delas”, no que toca ao petróleo, a surpresa foi grande.
Sabemos que a zona da Bajouca esteve quase sempre no pelotão da frente da inovação tecno-agrícola, com destaque para a fileira do tremoço e das rações.
Este enclave tremoceiro arrisca agora transformar-se num novo Dubai, com a vantagem competitiva de, ao contrário do pequeno emirato do Golfo Pérsico, a Bajouca possuir abundantes suiniculturas.
O leitão tipo-Bairrada continua a atrair consumidores ao noroeste do distrito, numa competição feroz com Coimbra, que nos arriscamos sempre a ganhar (veja-se a divertida derrota da Académica em Famalicão, a que tive o privilégio de assistir no passado sábado)!
Mas esta transição tecnológica declara, [LER_MAIS] verdadeiramente, a dinâmica associada ao tecido económico regional.
Explorando sempre novas oportunidades de negócio, quer seja na área das queijarias, da música popular, do pinho e do eucalipto, ou, neste caso, das possibilidades inerentes à fase derradeira dos hidrocarbonetos naturais.
Há quem diga que estes blocos petrolíferos serão mais ricos do que os existentes nas zonas de Mamba e Angoche (em Moçambique) e, seguramente, melhores do que os alguma vez existentes no vizinho Janardo.
No que concerne o núcleo urbano da cidade, destacaria este mês o apoio institucional à modalidade de eleição de tantos leirienses: fazer rotundas a alta velocidade.
A pista já existente junto à antiga recauchutagem está a ser melhorada com um McDonalds, transformando esta entrada na cidade num verdadeiro monumento à “batalha das rotundas”.
Antecipo que será este o próximo hot spot a utilizar por tantos automobilistas sedentos por espaços de lazer adequados às suas potentes viaturas.
*Investigador
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990