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Home Sociedade

Timorenses apanhados a viver na rua acolhidos em Alcobaça e Leiria

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Novembro 13, 2022
em Sociedade
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Timorenses apanhados a viver na rua acolhidos em Alcobaça e Leiria
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 Nos últimos meses chegaram a Portugal centenas de timorenses, na expectativa de encontrar emprego. Todos movidos pela falta de oportunidades que encontram no seu país, alguns iludidos por falsos contratos de trabalho, outros incentivados pelas palavras de estímulo deixadas por Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua visita a Timor-Leste.

Para grande parte destes imigrantes, o sonhado emprego nunca chegou. Sem trabalho, sem dinheiro e sem suporte, sozinhos num território distante, viver na rua foi uma inevitabilidade.

A Pousada da Juventude de Alfeizerão, em Alcobaça, alojou recentemente cerca de 40 jovens timorenses, resgatados das ruas de Lisboa, e também Leiria está a apoiar um grupo de imigrantes, que se encontravam em situação de sem-abrigo nesta cidade, depois da [LER_MAIS]má experiência na capital, nas Caldas da Rainha e noutras localidades, para onde se foram deslocando, ao sabor de trabalhos precários.

Na rua e em silêncio para não preocupar a família

Norberto, Patrício, Fernando e Roberto fazem parte do grupo de cerca de 40 imigrantes timorenses, que estão alojados na Pousada da Juventude de Alfeizerão desde o passado dia 26 de Outubro. Encaminhados pela Segurança Social de Leiria para esta instituição de Alcobaça, os jovens recordam os dias passados ao relento nas ruas de Lisboa e a dura espera por oportunidades de emprego que não se concretizaram.

Deixaram as suas famílias para trás e, por elas, estão dispostos a continuar à procura de trabalho. Alcobaça renova- lhes a esperança.

Norberto Gomes, de 22 anos, chegou a Lisboa a 20 de Julho. Veio de Díli, onde não tinha emprego, com o propósito de encontrar trabalho em Portugal. Tinha boas expectativas, depois de ter ouvido as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que em Maio, numa visita a Timor-Leste, por ocasião das comemorações da independência do país, incentivou jovens timorenses a visitar Portugal, recorda o imigrante.

Norberto chegou sem qualquer promessa de emprego ou contrato no horizonte. Ainda conseguiu trabalho por um mês no Montijo, na apanha de fruta, para um patrão recomendado por amigos timorenses, mas quando a safra terminou, sem qualquer rendimento, passou a dormir na rua, em Martim Moniz.

Pagou mais de dois mil euros pelo bilhete de avião e agora tem de se manter em Portugal até amealhar dinheiro para a viagem de regresso. Vai mantendo contacto com os pais, mas poupa- os de detalhes, “para não os entristecer”.

Patrício Araújo, de 31 anos, aponta argumentos idênticos para se mudar para Portugal. Também ele se fixou nas palavras do Presidente da República. Sem emprego em Timor-Leste, decidiu deixar Díli para trás, onde tem mulher e filha, e tentar melhor sorte neste país irmão.

Chegou a Lisboa dia 19 de Junho e esteve dois meses sem encontrar trabalho, até conhecer um patrão paquistanês que lhe deu emprego na apanha da azeitona, em Santarém. “Mas só dava casa. Não dava dinheiro”, recorda Patrício, que acabou por regressar às ruas de Lisboa.

Também ele se quer manter em Portugal com o propósito de enviar dinheiro para a família. “Em Timor quase não há empregos e os que existem oferecem salários pequeninos de 115 dólares”, salienta Patrício, que para poder voar até Portugal pediu emprestados 2.500 euros a um colega. Chegar sem contrato de trabalho também não facilitou a integração. Estão agora a ser ajudados nas questões burocráticas, conta o imigrante.

Os quatro filhos e a mulher de Fernando Mendonça também não sabem das voltas que a vida deu desde que chegou a Lisboa há dois meses. Desde então, nunca obteve emprego e sempre pernoitou na rua. Para tranquilizar os seus, diz à família que encontrou quem o ajude.

Com 30 anos, também Roberto Ximenes deixou mulher e três filhos em Díli. Nestes dois meses em que está em Portugal, só trabalhou num hotel durante 15 dias. Estava a viver na rua, em Lisboa, quando foi encaminhado para Alfeizerão.

Deste grupo de cerca de 40 pessoas, na sua maioria jovens entre os 20 e os 30 anos, na semana passada já quatro tinham sido ajudados a encontrar emprego, na construção, em Lisboa, deixando algum alento aos restantes companheiros.

Autarca pede emprego para cidadãos “enganados” e “desprotegidos”

À chegada destes imigrantes a Alfeizerão, Hermínio Rodrigues, presidente da Câmara de Alcobaça, adiantava à Lusa que alguns destes imigrantes terão vindo para Portugal pensando que teriam contratos de trabalho, mas que terão sido “enganados”, tendo ficado “completamente desprotegidos e desnutridos”.

Os serviços do município e os técnicos da Segurança Social reuniram-se para responder a necessidades mais imediatas, como roupa, ficando também garantidas refeições aos jovens pela Misericórdia de Alfeizerão. Nessa altura, Hermínio Rodrigues apelou também aos empresários da região para avaliarem a possibilidade de empregar estas pessoas.

Entretanto, o autarca adiantou ao JORNAL DE LEIRIA que recebeu feedback positivo de alguns empregadores.

Saltitar pelo País até chegar a Leiria

Lisete Cordeiro, directora-geral da InPulsar – Associação para o Desenvolvimento Comunitário, informa que também em Leiria foram sinalizados, recentemente, cinco timorenses que se encontravam em situação de sem-abrigo na cidade. Também eles foram passando por vários pontos do País, à medida que recebiam indicações de possíveis oportunidades de emprego. Caldas da Rainha, onde colheram fruta, foi um desses locais.

Foram sinalizados para o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem- Abrigo (NPISA), coordenado pela Câmara de Leiria, estão a ser apoiados nas questões de trabalho, através do Gabinete de Inserção Profissional Imigrante da InPulsar, e as várias entidades que compõem o núcleo estão a acautelar a questão da habitação, explica Lisete Cordeiro.

Ana Valentim, vereadora da Câmara de Leiria, com pelouros de Migrantes, acrescenta que “a situação dos timorenses encontra-se em acompanhamento pelos parceiros do NPISA e pelo Alto Comissariado para as Migrações”.

“ A alimentação e higiene está a ser assegurada no Centro de Acolhimento. Já foi efectuada inscrição no Instituto de Emprego e Formação Profissional, e para quem tem Manifestação de Interesse, junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, prossegue.

 “Foi solicitada à Segurança Social a integração destes cidadãos no Centro de Apoio e Emergência Social de Alfeizerão, sendo que existe uma vaga”, adianta. Pelo que um destes cidadãos poderia ser acolhido ainda ontem.

Presidente da República contextualiza as suas palavras

Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo timorense, José Ramos-Horta, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que as autoridades dos dois países estão a trabalhar em conjunto para criar condições de permanência para os timorenses recém-chegados e combater ilegalidades, incluindo intervenções de inspecção laboral nas empresas, para o apurar da precariedade ou não do trabalho e das condições de pagamento.

Segundo o chefe de Estado português, citado pela Lusa, no final de Outubro estavam localizados 873 timorenses no País, “dos quais a maioria esmagadora em condições – mais de 500 – de habitabilidade ou de acolhimento ou de albergue ou de apoio de instituições muito variadas”. Até então, tinha sido possível encontrar empregabilidade para cerca de duas centenas.

Na mesma conferência, o Presidente contextualizou as suas palavras aquando da visita a Timor-Leste. Explicou que se dirigiu especificamente ao público universitário, a quem incentivou a estreitar relações com Portugal, embora tenha advertido: “venham em fatias moderadas”.

Mudança na lei

Amigrante apreensiva

Até agora, têm chegado a Portugal muitos timorenses com um visto de turista, na tentativa de encontrar trabalho. Sucede que não encontram emprego, o prazo do visto expira e eles não têm dinheiro para voltar. “Até porque, para cá chegarem, contraem uma dívida, muitas vezes envolvendo muita gente da família”, explica Paulo Carreira, presidente da associação Amigrante, analisando a realidade nacional dos últimos meses. Recentemente, a lei mudou. Com o Decreto Regulamentar n.º 4/2022, de 30 de Setembro, membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa podem pedir nos consulados de Portugal, nos seus países de origem, um visto de residência no nosso País, bastando para isso referirem que têm intenção de cá vir procurar trabalho, expõe Paulo Carreira. “É só uma forma de o Estado legalizar a entrada destas pessoas que, na prática, se vão deparar com as mesmas dificuldades”, salienta o presidente da associação.
Etiquetas: alcobalaLeiriasem abrigotimorenses
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