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Home Opinião

Tropeça

Carlos Martins por Carlos Martins
Outubro 18, 2017
em Opinião
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Tropeça
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Apesar de sonhar com ele, tenho medo que o café saiba mal, que os transportes se atrasem, que chova mais do que faz sol. Ponho na cabeça que é bem possível que o café saiba mal, que os transportes se atrasem e que chova muito. Crio esse cenário e comporto-me em conformidade, mais ou menos a fingir, mais ou menos à séria.

Com o azo suficiente para lhe pescar falências ou desastres, dou-me a brincar só para ver se me leva a sério e depois fujo um bocadinho. Depois experimento outra vez. Faço aquela cena com o cabelo que eu sei que funciona só para ver com que olhos me olha e volto ao charme de quem não sabe que tem charme. Exponho.

Espero pela resposta, pelo tropeção. Se ele não tropeça é que é o diabo. Não sei as deixas desse argumento, nem sequer me ocorre levantar âncoras. É tudo muito inédito, muito virgem, não sei da paz. Não sei existir na paz, levo-me sempre para aquele outro dia em que a paz acaba e, consequentemente, corto-lhe as raízes.

 [LER_MAIS] A ele, a ameaça. Capo-o. Antecipo tudo e realmente sinto e vejo e crio um futuro evidentemente negro que afinal foi fabricado sem máquinas nem consistência nem tempo, mas aborto-o, é melhor. Fico em casa com as guerras domésticas em que quase nunca perco e quando perco, perco pouco.

A sério, e se ele não tropeçar? Com que atrevimento pode ele fazer-me isto? Ser-me assim… bom? E se eu não encontrar nada minimamente sólido para sabotar isto? E se ele tropeçar só daqui a uns tempos quando eu não estiver a olhar? Não. Nem pensar, é melhor dar cabo disto tudo já, agora. Não tropeças? Invento o tropeção, se não caíres, empurro-te.

E depois ainda consigo sabes o quê? Culpar-te por teres tropeçado, embrulho-te em guerra fresca, da melhor que sei e faço, baralho-te todinho, faço de ti um vilão, enfeito-te de tal maneira que acreditas que és um cabrão e saio vangloriosa com a razão de ter razão. Sem ti, sem tempo, sem futuro. Mas banhada de familiaridades que me fazem rir ao de leve, guerrear ao de leve, viver ao de leve e depois morrer ao de leve. Apaixonar-me tem de ser mentira.

*Músico

Etiquetas: carlos martinsopinião
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