O meu nome é Geraldine e sou de Caracas. Hoje, na Venezuela, é impossível fugir da política, mas fazê-lo foi coisa que eu nunca quis.
Desde bem cedo que defendo as minhas ideias e a minha liberdade. O problema é que, neste momento, no meu país, isso significa que estou sujeita a ser presa a qualquer momento.
A dissidência não é crime! Presta atenção! Eu sou a Vitalina. Ucraniana. Lésbica. Tenho dedicado a minha vida à causa LGBTIQ+ e a defender os direitos das mulheres – a defender os meus direitos – e isso está a tornar-se cada vez mais perigoso. Eu só quero ser. Escuta! Chamo-me Nonhle Mbuthuma.
A minha pequena vila na África do Sul é rica em minerais que alguns te vão dizer que precisas a qualquer custo e, por causa disso, a minha vida e subsistência estão sob ameaça. Não é propriamente culpa tua, mas enquanto eu, aqui, luto pelo meu tecto e pela minha terra, preciso mesmo que tu aí te importes.
O meu nome é Atena, sou iraniana e tenho sido uma activista incómoda contra a pena de morte no Irão. Sou incómoda, antes de tudo, simplesmente porque sou uma mulher com voz – o crime dos crimes. Eu sei que que estou bem longe da tua realidade. Mas ouve! O meu nome, provavelmente já o conheces. Sou quase conhecida – quase! E por uma razão bem forte: porque já não estou aqui.
Negra, lésbica, favelada – assim vivi e lutei até ao dia em que me quiseram calar. Só que não… Marielle, presente! Em ti, também? Somos cinco. [LER_MAIS] Somos poucas. Somos o mundo inteiro. Lutamos pelas nossas vidas e lutamos pela tua também. Sim, a tua vida aí, bem longe e privilegiada.
Não queremos que venhas fazer as nossas lutas, não precisamos de ti aqui, não queremos que sofras o mesmo que nós sofremos, mas, definitivamente, precisamos que prestes atenção, que escutes e que te comprometas!
Envolve-te! Sabe como em amnistia.pt (ou vem até à Livraria Arquivo), durante os meses de Novembro e Dezembro.
*Activista