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ESPERALER é o nome do projecto lançado pelo Serviço de Psicologia Clínica da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL), que pretende criar e consolidar os hábitos de ler e elevar os índices de literacia dos utentes
Para o desenvolvimento do projecto foram disponibilizados espaços de leitura para promoção da literacia em contexto clínico hospitalar e em saúde, estando previstas a organização de iniciativas e acções de promoção da leitura e biblioterapia, “numa lógica de implementação activa e orientada dos processos de leitura, assente nas parcerias e colaboração constantes com outros projectos vigentes nesta área, nomeadamente com as bibliotecas municipais e escolares, agentes locais, autarquias, autores de livros e escritores, biblioterapeutas e profissionais de saúde”, refere uma nota de imprensa da ULSRL.
“Este projecto tem como objectivo criar e consolidar os hábitos de ler e elevar os índices de literacia dos utentes da ULSRL, através da constituição de espaços para leitura, a par da promoção de ações de difusão do livro e promoção da leitura, em parceria com diversas entidades públicas e privadas”, explica Joana Correia, directora do Serviço de Psicologia Clínica da ULSRL, citada no comunicado.
O programa consiste em ampliar a leitura a espaços não convencionais, como as salas de espera e demais espaços físicos da ULSRL, através da disponibilização de livros em estantes ou outros escaparates de acesso livre, a oferta e disponibilização de livros por parte das bibliotecas e/ou autores/escritores, a promoção de competências de promoção do livro e leitura orientada, a organização de acções de sensibilização e literacia em saúde, e acções continuadas de contacto com textos, livros e temáticas literárias, biblioterapêuticas e com os seus autores, leituras encenadas, concursos de leitura e escrita criativa, entre outros.
O livro apresenta-se como um instrumento de promoção da estabilização afectiva, de entretenimento e também de (in)formação do utente-leitor, e em simultâneo potencia o seu conhecimento e desenvolve a sua capacidade literária, adianta a ULSRL.
Para a ULSRL, o “hábito de ler estimula a imaginação, fomenta e educa a sensibilidade, cultiva a inteligência e dá instrumentos essenciais para toda a vida, mesmo num contexto em que se experiencia uma maior vulnerabilidade, ou quando há exposição à circunstância de espera num serviço de saúde, para um exame, consulta médica ou intervenção clínica”.
Joana Correia acrescenta ainda que “está provado que as crianças, adolescentes e adultos que se envolvem em actividades livres ou orientadas de leitura, ou que tenham ao seu dispor ambientes que favoreçam o acesso a recursos literários, têm mais possibilidades de se tornarem leitores de forma consistente, contrariando a tendência para o uso excessivo e nocivo para a saúde, dos meios e equipamentos digitais/ecrãs”.
Porém, “os livros, por si só, podem não ser suficientes”. “Não basta saber que eles estão ali: é preciso encontrar a ‘porta’ que lhes permita entrar no seu interior”, acrescenta a directora Serviço de Psicologia Clínica.
