PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Um centro interpretativo em Milagres

Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria por Márcio Lopes, docente do Politécnico de Leiria
Agosto 31, 2024
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

A freguesia de Milagres foi criada em meados do século XVIII a partir de um milagre convertido em templo santuário. A ribeira que atravessa a freguesia, e que em muito tem delapidado o bom nome da terra, não se chama ribeira dos Milagres, mas sim de Agodim que nasce, vem, passa pelos Marrazes e vai ter ao Lis.

Milagres é a freguesia de Leiria que, na boca do povo, tem sido injustamente injuriada. Milagres não é uma ribeira, é uma terra riquíssima em história e na gente. O Homem, inserido no seu ambiente natural, é parte integrante dele e exprime a sua fisionomia regional. Milagres é a sua gente. 

O processo reformista português dos anos 30 do século passado foi agrário, com o objectivo de intensificar a produção agrícola através da intervenção nas propriedades e, sobretudo, nos baldios. A estratégia económica decorria da preocupação, pós-Primeira Guerra, da auto-suficiência alimentar do País, cabendo ao Estado a sua intervenção no sentido de promover o uso dos terrenos incultos. Tratava-se de uma política de colonização interna, fortalecendo a família e a ruralidade enquanto virtude a ser promovida pela ideologia do Estado Novo salazarista. 

É neste âmbito histórico que em 1926 (com decreto de 1925) é constituída primeira a colónia agrícola do País em Milagres, abrangendo ainda o lugar de Triste e Feia e Bidoeira. O núcleo em Milagres dispunha de armazéns, estábulos, palheiros, moagem, forno de uso colectivo, casas de madeira e, depois, de alvenaria. Em 1961, havia 105 habitantes na colónia agrícola. 

A História pode ser revista com uma outra narrativa ética e moral, mas não pode ser apagada. A colónia agrícola de Milagres tem uma forte conotação ao Estado Novo salazarista, mas é a história da freguesia que tem de ser preservada e transmitida.

Recentemente, a câmara da Marinha Grande inaugurou um centro interpretativo de Arte Xávega na Vieira, que mostra a vida pobre das gentes do mar, da pesca, da maior migração interna do século XX que foram os avieiros descritos na obra de Alves Redol. Isto é promover o conhecimento e a memória local. A vida mísera dos avieiros não é uma vergonha do Estado Novo. É a força viva do ser humano em vingar na sua existência. 

A freguesia de Milagres vai a votos em 2025. O presidente da junta, por imposição da lei, será outro. O que é prioritário fazer é mostrar a Leiria toda a importância de Milagres na zona centro-norte do concelho através da sua história. Assim como fez a Marinha Grande na Vieira, Milagres deveria ter um centro interpretativo da sua história, nomeadamente, sobre a colónia agrícola, a primeira do País.

Ter um museu com fotos e utensílios e que estão na posse de familiares. Na Bidoeira ainda há casas da antiga colónia agrícola. Um território não se envergonha da sua história. Milagres não é só uma ribeira que nem se chama de Milagres. Aliás, da ponte para baixo já é Marrazes.     

Etiquetas: agrícolaapagarcentro interpretativocolóniaeconomiahistóriaLeiriaMárcio Lopesmilagresopiniãoregião de Leiria
Previous Post

Prova de vinhos com showcooking na Praia de Paredes da Vitória

Próxima publicação

Antigo jornalista apresenta livro sobre centenário do GD Os Nazarenos

Próxima publicação
Antigo jornalista apresenta livro sobre centenário do GD Os Nazarenos

Antigo jornalista apresenta livro sobre centenário do GD Os Nazarenos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.