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Home Opinião

Um país de joelhos

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Julho 31, 2023
em Opinião
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Não há professores, nem médicos, nem casas.

Não há confiança, nem espírito de futuro, nem coesão nacional. Não há vergonha na cara, sentido de Estado, pudor ou honra.

Não há rumo, certezas ou rasgo. Sobram vigaristas, chico espertos, medíocres. Rareiam ideias, soluções e vontades.

Sobra um país palavroso: dos políticos aos comentadores profissionais, dos opinadores de café aos especialistas em analisar futebol, somos um país que fala demais e faz de menos.

O país pára para entupir Lisboa com um milhão de “turistas”, como se o turismo não fosse já um problema em Portugal.

Parámos definitivamente no tempo das anedotas do “era uma vez um alemão, um francês e um português” e invariavelmente o português era o maior, o mais, o melhor em tudo.

Enquanto vários países recuam nos excessos que o turismo provoca, nós continuamos alegremente a caminhar para o abismo.

Precisamos mesmo de trazer um milhão de peregrinos religiosos ao país laico?

O facto de o turismo ser importante para a riqueza portuguesa signi ca que tem de ser exponenciado até não haver onde alojar um português?

O contrário de zero turismo é 100% de turismo? Ou falta-nos o sentido do equilíbrio? E a capacidade de planificar? E a vontade de regular os excessos?

O “overturismo” – o excesso que provoca transtornos à população local e ameaça bens históricos e naturais – sente-se em vários países europeus, onde o aumento de visitantes costuma causar impactos como saturação dos transportes públicos, aumentos de preços, desordem urbana, processos de gentrificação e falta de casas para os habitantes locais.

Mas cá, ainda estamos na fase de usar os impostos de todos para trazer mais um milhão de católicos que tornarão Lisboa intransitável durante uma semana.

Enquanto isso, o país que não tem médicos suficientes e fecha serviços do SNS, ou que tem uma falta crónica de bombeiros e polícias, vai ter destacados 16 mil elementos das forças de segurança, protecção civil e emergência médica.

Enquanto isso, os funcionários não docentes de centenas de escolas na Área Metropolitana de Lisboa – que vão abrir portas para receber peregrinos durante o evento – vão trabalhar mais cinco horas por dia durante a JMJ.

Não há dinheiro para melhores salários que nos permitam assegurar obstretas e pediatras nas urgências portuguesas, ou professores para todos os alunos, mas há cerca de 75 milhões de euros públicos para a Jornada Mundial da Juventude?

Espero que os portugueses que se debatem com falta de casas, de médicos e de professores, e que rejubilam com a Jornada Mundial rezem muito. É que nem com um milagre este país deixa de estar de joelhos…

Etiquetas: Alexandra azambujacriseensinojmjjornada mundial da juventudeLeiriapaís de joelhospapa franciscoportugalsaúde
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