Quando a presente edição chegar às bancas, a selecção portuguesa de andebol já disputou o primeiro jogo da fase main round do Europeu de andebol, que junta em dois grupos as 12 melhores equipas para apurar os seis finalistas, realizado esta quarta-feira.
Para chegar até aqui, os ‘heróis do mar’, como é conhecida a equipa nacional, contaram com o precioso contributo de Pedro Portela, atleta de Leiria que, nos primeiros três jogos, marcou oito golos. Mas não só.
Das bancadas, veio o apoio incondicional de um leiriense, João Marques, um eterno apaixonado por andebol, que, entre europeus, mundiais e jogos olímpicos, leva uma dezena e meia de presenças nessas competições a apoiar a selecção.
“Enquanto puder, lá estarei a puxar pelos nossos. O andebol é uma paixão”, confessa João Marques, que regressou da Alemanha depois do jogo Portugal-Dinamarca, disputado na segunda-feira, mas que admite regressar se a equipa portuguesa chegar às meias-finais.
“É um sonho”, admite o antigo central, que começou a jogar andebol aos dez anos no Académico de Leiria. Passou depois pelo AC Sismaria, clube ao qual esteve ligado durante 30 anos.
Primeiro como jogador – fez parte da equipa que na época de 1983-84 se sagrou campeã nacional de juvenis – e, mais tarde, como treinador e dirigente (presidente e vice-presidente).
Posteriormente, foi director da equipa B do Benfica e treinou o 1º de Maio. “São muitos anos ligado ao andebol. É impossível ficar de fora e não participar, mesmo que seja apenas nas bancadas.”
Sobre as várias presenças em grandes competições a apoiar a selecção, João Marques diz que “todas têm uma história”.
Mas há um episódio que jamais esquecerá. Foi no Europeu de 2020, na Noruega, no jogo em que Portugal fez história ao derrotar a França pela primeira vez. “Estava eu e outro adepto português numa bancada cheia de noruegueses. Conseguimos pô-los a puxar por Portugal”, recorda.
A ‘armada’ da região neste Europeu, que decorre até 28 de Janeiro, integra ainda uma dupla de árbitros, os irmãos Daniel Martins e Roberto Martins, de Pombal. Fora das quatro linhas, tem estado também outro leirisense, o fotógrafo Márcio Menino.