Os investidores internacionais continuam muito “nervosos” com o crescente aumento da taxa de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos visto acreditarem que se esta tendência se mantiver todo o mercado financeiro internacional será afetado e uma nova crise global é inevitável.
Importa referir que a taxa de rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos dos Estados Unidos acaba por ser, mesmo que informalmente, uma referência para todo o mercado financeiro internacional, servido de base para a rendibilidade dos títulos de dívida soberana de muitos países.
Um aumento do seu valor leva os mercados a anteciparem um aumento das taxas de juro. Este aumento leva as empresas a diminuírem os empréstimos e como consequência a diminuírem o investimento fazendo com que os mercados financeiros se tornem menos rentáveis.
Desde 2008 que a taxa de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos não atingia um nível tão elevado, superando mesmo os 3%.
Segundo o banco Morgan Stanley, com uma taxa de rendibilidade do Tesouro americano a 10 anos um pouco superior a 3% o sistema financeiro americano poderá entrar em colapso [LER_MAIS] arrastando toda a economia mundial para uma nova crise financeira com consequência inimagináveis.
Os mercados financeiros também estão a ser afetados pela subida do preço do barril de petróleo e a irresponsável política protecionista da Administração Trump. Se o preço do barril de petróleo for superior aos 100 dólares, segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, a economia mundial será seriamente afetada e uma nova recessão nos Estados Unidos é muito provável.
Todas as últimas seis recessões nos Estados Unidos foram precedidas por um aumento do preço do barril de petróleo.
Para piorar a situação a política protecionista de Trump tem levado à subida dos preços consequência do menor acesso das mercadorias chineses nos EUA e das americanas na China o que pode levar à diminuição do comércio mundial e consequentemente de toda a economia mundial.
Professor e Investigador
Texto escrito de acordo com a nova ortografia