PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Uma pequena luz no meio da grande escuridão

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Abril 13, 2023
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

As grandes organizações são entes desfigurados. Sem rosto, ou alma.O Serviço Nacional de Saúde é uma dessas organizações – enorme, monstruosamente complexa, insensível, povoada por milhares de profissionais, gastadora de recursos inimagináveis e com toda a história da Humanidade dentro de um único hospital.

Endurecidos por muita dor alheia, por necessidade de distanciamento para manter o discernimento, muitos profissionais de saúde tornam-se duros e secos. Pouco humanos. Ou talvez já fossem pessoas pouco dadas a generosidades emotivas, mesmo antes de estarem na profissão…

A verdade é que, se o diabo está nos detalhes, a salvação também é aí que se encontra.

Dentro dos dias, dentro da azáfama do rotina, dentro da dor, dentro da impossibilidade, dentro do cansaço, há sempre os uns e os outros.

E na doença que levou de vez o meu Pai em Fevereiro, há um nome que fica a cintilar, pela resposta atenta, disponível e humana, o nome da médica que o acompanhou no Hospital de Stº André. Rita Grácio, a internista que o acompanhou, foi a luz no meio da escuridão que marcou a incerteza dos últimos dias: tudo o que não sabíamos, todo o sofrimento que podia estar guardado para nos apanhar à esquina do tempo.

São detalhes aquilo que lembramos, pois o que importa é a capacidade profissional de usar a Medicina em prol de um corpo que se despede do mundo, exausto. Mas dentro dos médicos moram pessoas e são essas, as que podem fazer a diferença quando tudo o resto já se despediu, embora não o saibamos.

Na tarde em que o meu Pai morreu, esta médica colocava a parafernália de recursos de que a medicina dispõe, ao serviço da réstia de esperança que manteve o meu Pai de olhos postos no próximo almoço – o de leitão que iria juntar todos à mesa – e que afinal não chegou a acontecer. Mesmo inconsciente, teve o melhor que a medicina portuguesa pôde dar-lhe, e um fim sem sofrimento – que é o bem maior que podemos todos desejar.

À Drª. Rita Grácio quero deixar a certeza de que se pode ser mais médico quando se é mais atento, mais disponível para os detalhes, para os familiares, quando se é sereno, quando se luta pela dignidade humana, por doentes de quem afinal não se conhece a história. E a história desse menino que em 1945, desenhava barcos na Escola João de Deus, terminou. O seu barco colorido ficará nas mãos da médica que o acompanhou, atenta, humana, na sua última viagem. Porque um marinheiro não deve nunca morrer sozinho. Para isso já existe o enorme, infinito mar.

Etiquetas: Alexandra azambujacansaçodesenhoescuridãogratidãohumanahumanismoLeiriamédicosopiniãopaisaúdesnssofrimentotempo
Previous Post

Cereais à refeição

Próxima publicação

Revivalismo e nostalgia

Próxima publicação

Revivalismo e nostalgia

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.