A Unidade de Investigação em Saúde, que tem estado a funcionar na Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei) do Instituto Politécnico, vai mudar- se para a antiga escola de enfermagem, junto ao Hospital de Santo André, em Leiria, no início de 2018.
A directora da ESSLei, Clarisse Louro, acrescenta que a mudança para o novo espaço surge da falta de capacidade para dar resposta aos inúmeros investigadores e bolseiros que trabalham na unidade de investigação.
“A ESSLei ganhou vários projectos e precisamos de espaço para os executar em pleno. Muitos destes projectos são em pareceria com o Centro Hospitalar de Leiria e estar junto ao hospital de Leiria é uma mais-valia e poderá permitir a criação de mais parcerias. Cada vez é mais importante a ligação entre a parte clínica, de formação e de investigação.”
Para reforçar os equipamentos da investigação, a unidade recebeu esta terça-feira uma arca de criopreservação, a segunda oferecida pela multinacional Covance, onde trabalha Carlos Costa, emigrante de Pombal radicado na Suíça, depois de proposta por Carlos Teixeira, da Ternox.
“O Carlos fornece-nos o interior dos congeladores e cada vez que ia à empresa via os equipamentos, que já não estavam a uso, prontos para irem para o lixo. Propôs que os enviasse para Portugal, onde as escolas têm necessidade de adquirir material para investigação”, explica Carlos Costa.
[LER_MAIS] Carlos Teixeira adianta que foi feito “um apelo a Portugal e quem respondeu foi contemplado”. “Sabemos que há muitas escolas, mesmo em França, que não têm meios para pagar estes equipamentos. Gostamos de ver projectos a avançar e de ajudar na investigação. A Ternox faz 12 anos, nunca trabalhámos diretamente em Portugal, mas gostamos de fazer estas acções para sermos conhecidos e reconhecidos e estamos aqui prontos para ajudar a investigação e as instituições.”
Estas arcas de criopreservação, que custam cerca de 30 mil euros, permitem congelar até -150 graus. Na Covance são utilizados para ensaios clínicos, na fase 4 para teste de novos medicamentos.
“Este é um equipamento de ponta que vai permitir que a unidade de investigação em saúde a possa utilizar nos projectos de investigação clínica e na área de investigação do curso de dietética e nutrição”, refere Clarisse Louro.