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Chama-se Sistema de Livre Escolha e Circulação de Doentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e deverá entrar em funcionamento até ao final de Maio, permitindo ao doente escolher, em articulação com o seu médico de família, o hospital público onde quer ser atendido em consultas de especialidade e, eventualmente, ser operado.
Até agora, os cidadãos eram encaminhados directamente para o hospital de referência da sua área de residência. Isso fazia com que, por exemplo, um habitante de Ourém tivesse de percorrer mais de 70 quilómetros para uma consulta em Abrantes, apesar de ter um hospital – o de Leiria – a cerca de 20 quilómetros.
O caso de Ourém, cuja população reclama há anos pelo acesso ao Centro Hospitalar de Leiria, foi usado como exemplo pelo Ministério da Saúde para apontar a mudança de paradigma que se pretende com o novo sistema.
Citada pelo JornalPúblico, a tutela exemplifica que, quando as alterações estiverem a funcionar em pleno, um habitante de Ourém, que pertence à área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, “pode ir livremente ao hospital de Leiria, se assim o entender”. “Há muitos anos que estamos envolvidos nesta luta.
Parece que, finalmente, alguém percebe a nossa razão e a injustiça que se tem vindo a fazer”, afirma Paulo Fonseca, presidente da Câmara de Ourém, que considera “um absurdo ter de percorrer 70 quilómetros quando há um hospital a 20 quilómetros”. Apesar da aparente boa notícia, o autarca reage, no entanto, com prudência.
“A confirmar-se, será motivo de regozijo. Convidei o ministro da Saúde para vir a Ourém, visitar as respostas de saúde que temos e perceber melhor como funcionará o sistema de livre acesso”, acrescenta o edil, adiantando que a deslocação de Adalberto Campos Fernandes ao concelho deverá ocorrer ainda este mês.
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