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Home Covid-19

Vacinação indevida aproveita lacunas no processo

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Fevereiro 4, 2021
em Covid-19
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Vacinação indevida aproveita lacunas no processo
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Enquanto a vacinação contra a Covid- 19 decorre à velocidade de cruzeiro, começam a surgir denúncias de inoculação indevida em dirigentes de lares e familiares de responsáveis de estruturas para idosos ou até da saúde, o que levou à demissão do coordenador do Plano de Vacinação da Covid-19.

A validade das vacinas, depois de abertas, é curta. Segundo as normas da Direcção-Geral da Saúde, os medicamentos da BionTech/Pfizer ou da Moderna têm de ser utilizados em menos de seis horas, depois do frasco perfurado.

Quando a vacinação arrancou as orientações nacionais também eram parcas. As denúncias e as dúvidas têm levado a ajustes na informação da DGS.

O marido de Odete Mendes, coordenadora da Saúde Pública de Leiria, foi um dos casos denunciados. O homem, com critérios para ser vacinado na segunda fase, foi incluído na lista no dia 15 de Janeiro após sobra de doses.

Ao JORNAL DE LEIRIA, a médica confirma a vacinação e explica a razão: “nesse dia vacinámos os utentes e funcionários do lar em frente ao centro de saúde [Arnaldo Sampaio, Marrazes]. Ao final do dia sobraram três doses, cuja validade terminava nesse dia. Procurámos suplentes”, conta.

Os contactos foram infrutíferos, pelo que Odete Mendes assume que a solução foi procurada dentro de portas.

Ana Silva, responsável pela vacinação, decidiu vacinar a empregada da limpeza e o segurança do centro de saúde.

“Fui eu quem sugeriu o marido da dra. Odete, sem qualquer intenção. Conheço-o bem e os seus critérios de risco enquanto doente. Sabia que ele estava lá fora à espera e perguntei à Dra Odete se ele não queria ser vacinado.”

Odete Mendes precisa que o marido sofre de obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol elevado.

Segundo Ana Silva, os bombeiros não foram chamados como suplentes por indicação superior. “Isto aconteceu no dia 15 de Janeiro, já se passaram três semanas. Antes disso, tivemos uma reunião com a Dra Rosa Reis Marques [presidente da Administração Regional de Saúde do Centro] que disse para não vacinarmos bombeiros, pois teriam a sua vacina. As coisas entretanto mudaram. Mas se não fossem essas indicações tê-los-ia chamado pois têm sido excepcionais”, garante Ana Silva.

[LER_MAIS]A médica sente-se “injustiçada” com a denúncia e lamenta que as pessoas não reconheçam as horas de trabalho extra que a equipa dedica ao Serviço Nacional de Saúde.

“Estas denúncias até estão a criar medo nos lares, o que me assusta. Há instituições que não querem incluir as recepcionistas. Como não? Até os padres têm direito, porque entram no lar para dar a extrema-unção.”

A sobra de doses acontece sempre que no momento da vacinação as pessoas da listagem apresentem sintomas ou queixas, o que as impede de ser inoculadas. Além disso, depois de abertas “as doses não podem ser deslocadas”.

“Não houve aqui má-fé, nem procurar passar à frente um familiar. Isto aconteceu nas primeiras semanas da vacinação e entretanto já saíram mais orientações. O objectivo é rentabilizar ao máximo e não desperdiçar nenhuma dose”, garante Odete Mendes.

Ao JORNAL DE LEIRIA chegou também a denúncia de que o médico de Saúde Pública, Rui Passadouro, teria vacinado a esposa. O especialista desmente, mas assume que a mesma poderia já ter sido vacinada, uma vez que pertence à direcção do lar que é propriedade do casal, onde vai, “pelo menos três vezes por semana”.

Também foi revelado ao nosso jornal que o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Leiria teria autorizado a vacinação da mesa administrativa e de familiares destes. Carlos Poço desmentiu categoricamente essa informação.

Outra denúncia apontada foi a vacinação de todos os elementos da direcção da Associação Bem-Estar de Parceiros. Marília Lourenço confirma, mas garante que todos estavam integrados na listagem que foi enviada às autoridades de saúde e que a mesma validou os nomes. “Não houve qualquer transgressão”, sublinha a presidente da ABEP.

Odete Mendes admite que os dirigentes de lares podem ser vacinados se os mesmos tiverem contacto directo com os utentes. “O que temos verificado é que as direcções de muitas instituições têm ido para a cozinha ou auxiliado à noite. Não podemos esquecer que são os funcionários que podem transmitir o vírus, daí a importância da imunidade de quem trabalha nestas estruturas”, constata.

Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, considera que algumas das situações denunciadas são resultado de “falta de critérios claros” e refere que “com a escassez de vacinas o desperdício não é a solução”.

“Não se compreende é que se tenha complicado uma situação simples e não se tenha antevisto as regras para os suplentes. Nem será preciso procurar pessoas da segunda fase, porque ainda há muitas da primeira que não foram vacinadas, nomeadamente idosos e profissionais de saúde.”

A mesma posição tem João Frade, investigador do Politécnico de Leiria na área da vacinação. “Deveria haver desde o início um plano de reserva. É verdade que essas pessoas podem não estar logo disponíveis, mas há ainda tantos grupos de risco e idosos com patologias associadas por vacinar…”

Etiquetas: coronavíruscovid-19infecçãopandemiasaúdesaúde públicasociedadevacinação
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