Vídeo-árbitro ou vídeo-vigilância aos políticos?

Este sistema já é utilizado no ténis, rugby e críquete. O vídeo-arbitro tem como base um programa informático que capta, por diversos ângulos, a trajectória da bola e dos jogadores, criando uma imagem 3D de alta precisão.

Que lances podem ser analisados pelo vídeo-árbitro? Lances relativos à validação de golos, amostragem de cartões de vermelhos, expulsões de jogadores e na identificação de infrações disciplinares que possam não ter sido detetadas durante o jogo.

A qualquer momento, o árbitro pode solicitar o apoio do vídeo-árbitro ou, ele próprio, consultar as imagens dos lances através de monitores colocados no lado oposto ao do banco dos suplentes.

E se fosse possível ter um sistema de vídeo-árbitro na Assembleia da República ou no Parlamento Europeu? Que “lances” decisivos dos nossos 230 deputados da Assembleia da República e dos 751 deputados do Parlamento Europeu seriam revistos pelos “árbitros” e anulados?

 [LER_MAIS]  Infelizmente, um sistema deste não seria suficiente porque as grande “negociatas/acordos” entre os diferentes partidos nacionais e europeus são feitos fora dos locais próprios onde o “vídeo-árbitro” não pode ser instalado…a única solução seria mesmo um sistema de vídeo-vigilância individual para cada deputado.

Talvez assim os cidadãos nacionais e europeus começassem a respeitar e acreditar mais os seus representantes que não têm sido um bom exemplo nos últimos tempos. Basta relembrar as relações de promiscuidade entre grande parte dos deputados nacionais e o falido Grupo Espírito Santos.

Ou todo o enredo do caso do ex-primeiro ministro José Sócrates ou mesmo as relações muito pouco claras de políticos nacionais com o regime angolano…

*Professor e Investigador
Texto escrito de acordo com a nova ortografia