Desde que começou a funcionar, em 2018, até final de Outubro do ano passado, o sistema de videovigilância na cidade de Leiria permitiu a identificação de cerca de 230 suspeitos. No mesmo período, houve 611 processos para a preservação de imagens captadas pelo sistema.
Os dados foram avançados pelo vereador Luís Lopes, que tutela o pelouro da Protecção Civil, durante a última reunião de câmara, na qual o vereador Álvaro Madureira (independente eleito pelo PSD) questionou a eficácia do sistema após a ocorrência de assaltos na cidade.
“Até que ponto, este instrumento dissuasor tem dado frutos?”, perguntou o vereador da oposição, lembrado que se tratou de um investimento “avultado”. Luís Lopes respondeu com os números partilhados pela PSP que, no seu entender, demonstrou que a videovigilância “está a funcionar com resultados muito satisfatórios”.
“[A videovigilância] não resolve crimes, mas ajuda a identificar suspeitos”, ressalvou o vereador, referindo que, no ano passado, houve uma série de situações que, com recurso ao sistema, foi possível identificar “veículos, agressores ou assaltantes”, em alguns casos através da “reconstituição de percursos”.
Em Leiria, existem actualmente 61 câmaras de videovigilância que abrangem o centro histórico e as principais saídas da cidade, sob a operacionalidade da PSP. Em Maio, a autarquia anunciou o alargamento do sistema às zonas exteriores das escolas do concelho.